Ginga Niterói emociona e fortalece a cultura afro-brasileira em três dias de celebração e memória

O fim de semana entre os dias 1º e 3 de agosto foi marcado por história, resistência e celebração com a realização do 2º Festival Ginga Niterói, que reuniu capoeiristas, mestres e famílias em três dias de intensa programação entre o Rio de Janeiro e Niterói.

A abertura do festival aconteceu na sexta-feira (1º), no Instituto Pretos Novos, na Pequena África (RJ), com um momento potente de reflexão sobre a ancestralidade negra e a força da capoeira como herança viva. Na ocasião, foram lançados dois importantes livros: "Da Navalha ao Berimbau", do Mestre Columá, e "Bimba, um século da capoeira regional", do Mestre Nenel, filho de Mestre Bimba, patrono da capoeira regional. O encontro foi marcado por falas emocionantes e uma apresentação sobre o Instituto feita por Alexandre Nadai e uma simbólica roda de capoeira dentro do IPN, espaço sagrado da memória negra no Brasil.

No sábado (2), o festival seguiu para Piratininga, em Niterói, cercado pela natureza e pela energia acolhedora do Centro Ecocultural Sueli Pontes. Pela manhã, o público participou do curso prático de capoeira regional com a presença ilustre de Mestre Nenel, Mestra Preguiça e Professor Simba, vindos diretamente de Salvador - BA, da Escola de Capoeira Filhos de Bimba. Estiveram presentes capoeiristas de diversas partes do estado do Rio de Janeiro como: Niterói, Friburgo, Rio das Ostras, São Gonçalo, Cabo Frio, Saquarema, e Nova Iguaçu e de outros estados, em uma verdadeira confraternização nacional da arte-luta.

Durante a tarde, o festival aprofundou os saberes com uma palestra sobre os fundamentos e a musicalidade da capoeira regional, conduzida por Mestre Nenel. O dia se encerrou com uma roda vibrante, unindo diferentes gerações.

Já no domingo (3), Dia do Capoeirista, o encerramento foi marcado por emoção e reconhecimento. Pela manhã, aconteceram os Jogos Escolares de Capoeira, com muita torcida e alegria entre as crianças e famílias. Logo em seguida, o ápice do festival: a Cerimônia de Reconhecimento da Corda Vermelha.

Os mestres Sil, Dente e Naldo foram homenageados por suas trajetórias com mais 30 anos dedicados a essa arte, receberam a honraria das mãos do Mestre Nagô, num momento carregado de memória, afeto e respeito. O 2º Festival Ginga Niterói reafirmou o poder da capoeira como ferramenta de transformação, ancestralidade. Um vento híbrido, acessível, inclusivo e gratuito.

Este evento, foi um ato de resistência cultural, um lembrete para que o Dia do Capoeirista se torne uma data nacional, foi a celebração de histórias e plantio para o futuro."O Festival Ginga Niterói é idealizado para o diálogo todas as capoeiras e escolas de Capoeira, trazer o Mestre Nenel pela a primeira vez em Niterói-RJ aproxima a história do seu pai Mestre Bimba e a Capoeira atual. Foi um evento intenso e com o ponto alto foi o recebimento da corda Vermelha das mãos do grande Mestre Nagô. Eu gostaria de deixar meu agradecimento de todos envolvidos nessa festa desde o aluno mais iniciante até os mais velhos, e um agradecimento especial para o Leonardo Giordani e a secretaria das Culturas que patrocinou o evento”, comentou Paulo Braga, conhecido como Mestre Dente.

Realização

TRIBO DO BERIMBAU

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